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Acessibilidade
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HISTÓRIA DA CIDADE
O início
Nos idos de 1921, a Estrada de Ferro da Rede Ferroviária Federal S/A, na intenção de transportar o precioso carvão mineral das minas de Cambuí e Figueira – na época pertencentes ao Município de Curiúva – aos grandes centros brasileiros para abastecimento das indústrias que prosperavam, dos navios a vapor, bem como o trem, implantou a linha férrea denominada de Ramal do Rio do Peixe, cortando o Município de Tomazina de Leste a Oeste.
Partindo então de Wenceslau Braz, ao atingir o quilômetro 51 de sua extensão, ergueu-se uma Estação Ferroviária, necessária às manobras de locomotivas, bem como para o depósito de dormentes, pertences e bens da referida rede. Este local, ou seja o Quilômetro 51 da Estrada de Ferro, situado nas terras pertencentes ao Senhor Geraldo Vieira da Fonseca e sua esposa Ana Vieira e rico pela flora e fauna, começou a atrair jovens aventureiros sedentos pela exploração da região para o plantio de roças para a engorda de suínos, que seriam facilmente introduzidos no Comércio em Jaguariaíva, com o advento desse meio de transporte tão eficiente – o trem.
Foi assim que os ilustres proprietários, compartilhando desse iminente desenvolvimento econômico do local, cederam parte de suas terras aos primeiros habitantes deste lugar denominado Pinhalão.
O nome
Quando da chegada dos primeiros habitantes à região, o Pinheiro era uma árvore abundante e toda área se constituía de vastos pinheirais nativos que se perdiam na linha do horizonte. Essa riqueza atraiu também muitos caboclos que vinham à procura de emprego e tornaram a palavra “Pinhalão” um substantivo aumentativo da palavra ‘pinheirais’, cravando em nossa história a denominação que, de geração em geração, se perpetua com amor e civismo nesse gesto caboclo de denominar o Quilômetro 51 de Patrimônio do Pinhalão.
Os primeiros habitantes
Além de Geraldo Vieira da Fonseca, destacamos como pioneiros do município de Pinhalão os empreiteiros responsáveis pela construção da Estrada de Ferro e suas famílias, que são eles: José Fraiz, Agostinho Ogando e Estanislau Sabchuk, pedreiros profissionais e empreiteiros da Rede Ferroviária Federal S.A., – os dois primeiros eram espanhóis e o último, polonês.
Com o início do povoado de Pinhalão, cujo crescimento era notado e a fama da fertilidade de suas terras fora amplamente divulgada, começaram então a chegar outros pioneiros, dignos do reconhecimentos do povo pela formação da cidade e colonização do interior do município, tais como: Domingos Calixto, Abrahão Miguel e Miguel Abrão, responsáveis pelo desenvolvimento comercial em grande escala, tanto na aquisição da produção agrícola dos habitantes da zona rural como no fornecimento de produtos básicos aos primeiros pinhalonenses.
O comando político do local da época era exercido por José Moreira Paes, que além de suas habilidades no campo da política era comprador de porcos gordos do povoado e região para a Companhia Matarazzo, sediada em Jaguariaíva. No comércio de suínos, sobressai-se, ainda, Arquimedes Loss, sucessor de José Moreira Pais.
Destacam-se ainda as famílias José Bonifácio da Luz, Leoni Tonani, Frutuoso Pereira dos Santos, Álvaro Alfieiri, Teolindo de Moraes, Leonardo Francisco Nogueira, Manuel Nogueira, Antonio Wahl, Carlos Barth, Luiz Vicente Sobrinho, Miguel Nicolau, Arnaldo Wahl, Antonio Gomes de Oliveira, Joaquim Melo, Antonio de Oliveira Mariano, João Bordim, João Lima e José Luciano dos Santos.
Desenvolvimento
A colonização do interior deve ser lembrada com respeito pela coragem dos colonizadores que adentraram na mata virgem fazendo derrubadas estrondosas para o plantio de roças de milho e lavouras de café e feijão. Da madeira, aproveitavam as toras que eram transformadas em tábuas de construção para as primeiras habitações ou de dormentes para a Estrada de Ferro, beneficiadas nas Serrarias de Leoni Tonani e Frutuoso Pereira dos Santos. São as famílias de José Alves Rodrigues, Honório Alves Rodrigues, Rodolfo Inácio Pereira, Augusto de Oliveira e Silva e de Virgílio Bertoldo de Godoy, no Distrito de Lavrinha; as famílias de Porfírio Teixeira, Máximo Benete Decol e Elias Prestes, no Bairro Decol; e as famílias Mingotes e Silva Reis, no Bairro Lageadinho, e de Vicente Machinski e Estanislau Sabchuk, no Bairro Sul Mineira.
Autor: Valdir Merege Rodrigues
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